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Poema Matemático (II)

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Quando penso em você

 

 

Quando penso em você...

Os números racionais viram irracionais,

os reais imaginários,

e os naturais perdem a naturalidade.

 

Quando penso em você...

Todos os triângulos são semalhantes,

o círculo fica quadrado,

e os quadrados irregulares.

 

Quando penso em você...

os conjuntos perdem os elementos,

os subconjuntos tornam-se maiores que os conjuntos,

e o vazio desaparece.

 

Quando penso em você...

os múltiplos viram primos,

os primos irmãos,

e todas as divisões são exatas.

 

Quando penso em você...

os deltas ficam negativos,

as equações sem raízes,

e as funções perdem o domínio.

 

Quando penso em você...

as imagens ficam trêmulas,

as paralelas se cruzar,

e as tangentes não se tocam.

 

Quando penso em você...

os poliedros perdem as faces,

o côncavo vira convexo,

e a distância negativa.

 

Quando penso em você...

o sistema fica impossível,

a matriz redonda,

e o determinante se anula.

 

Quando penso em você...

as integrais se desintegram,

as derivadas ficam constantes,

e eu perco o limite.

 

Romário Trajano